Todos os dias surgem-nos “bons exemplos” de como se deve comportar um português. Claro que como muitos desses “bons exemplos de comportamento” vêm das altas esferas sociais e políticas do nosso País e nós, o resto da sociedade, como somos bons meninos e bem comportados, tentamos, logicamente, copiar tão digna postura e actuação.
Como é que é possível com esta atitude, mudarmos a nossa vida e desenvolver o País, tendo em vista sair deste marasmo e estagnação?... Resposta: NÃO É POSSÍVEL. Como tenho escrito e rescrito, era de prever que mais dia, menos dia, a, chamar-lhe-ia sociedade portuga, entraria no colapso total, fruto de uma desenfreada e desgovernada conduta diária, ao nível da economia e da política. Penso no entanto que, mais grave do que estas duas premissas (economia e política), são as que actualmente caracterizam o nosso Portugal: Brandos costumes e facilitismo. Somos um povo que vibra e venera estes dois padrões de vida, enraizados até ao mais ínfimo recanto territorial. Tornámo-nos peritos em recorrer a estratégias de “xico-espertismo” com o intuito de podermos gritar alto e em bom som: PRIMEIRO EU E DEPOIS EU. QUEM VIER ATRÁS, QUE SE LIXE. E a maioria caladinha que nem um rato. Porquê?... Porque têm o “rabo preso” (já receberam favores e não podem agora trair o “amigo). Porque, para quê chatearmo-nos, não resolve nada… Porque, porque… Porquê?... Realmente, enquanto a política dos brandos costumes e do facilitismo (será que não temos coragem para mudar?) se mantiver, não vamos a lado nenhum. É a nossa pequenez mesquinha e pouco ambiciosa a falar mais alto.
Por: Joaquim Francisco