Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal
Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

Quem sou:

A minha foto
Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

ÍNDICE - CONTENTS - INHALT - Περιεχόμενα

O PESO DAS TELECOMUNICAÇÕES + I V A

Agora é que os portugueses vão pôr as suas contas do agregado familiar em dia. Com as medidas que foram anunciadas, nomeadamente chamadas telefónicas taxadas ao segundo e o IVA de 21% para 20%, o retorno financeiro, auferido com a situação, é brutal (ou não). Contas feitas vamos aos exemplos:
- Chamadas telefónicas – A média é 0,12 € por minuto o que dá 0,002 € por segundo. Quem falar 30 segundos, ou seja meio minuto, só deveria pagar 0.06 €. Penso que para a maioria das pessoas, muitas vezes, meio minuto chega. Assim, pela lógica, uma família com três telemóveis, dos 30 a 40,00 € mensais, passará a gastar entre 15 a 20,00 € mensais que dá 240,00 € por Ano, contra os possíveis 480,00 € de agora (é muito dinheiro). Só espero que a autoridade da concorrência das telecomunicações, ANACOM, seja célere nas suas decisões sobre esta matéria porque, em Portugal, realmente "pagamos com o couro e o cabelo", a este rentável negócio das Operadoras de Telecomunicações. Estas por sua vez, vão avisando que as chamadas taxadas ao segundo, vão prejudicar o consumidor. Será que as minhas contas estão revistas em baixa?... Será que as operadoras vão aproveitar esta medida para taxar mais (ao segundo)?... Consta que nos querem cobrar 0.01 € (um cêntimo) por segundo, o que dá 0,60 € (sessenta cêntimos) por minuto. Vamos aguardar para ver.
- Quanto ao IVA que baixa 1 % – Um objecto que agora custa 41,50 € com o IVA a 21 %, o consumidor paga 50,22 €, arrecadando o Estado 8,72 €. Baixando 1 %, o mesmo objecto passará a custar 49,80 €, arrecadando o Estado "só" 8,30 €. Ou seja, menos 0,42 € (quarenta e dois cêntimos) para o consumidor e logicamente para o Estado. Mas, espertos como são os portugueses no negócio e sempre a pensar no melhor para o consumidor, vou (não) pensar no seguinte: Se o mesmo objecto custar (sem IVA) 41,50 €, for aumentado para 41,80 €, portanto mais 0,30 € (trinta cêntimos), com o IVA a 20 %, fica a custar 50,16 € ao consumidor. O Objecto baixou de preço só 0,06 € (seis cêntimos) para o consumidor, manteve o IVA de 20 % e deu ao vendedor mais 0,30 € (trinta cêntimos). É evidente que este exercício de pura retórica e simples matemática vale pouco ou vale o que vale, conforme as expectativas do comum cidadão, mas tudo pode acontecer. Exemplos anteriores originaram especulação (quem não ouviu falar do caso dos Ginásios, baixaram o IVA, mas o preço do serviço prestado manteve-se). Para concluir, penso que todos devemos estar atentos a estes factos e denunciar especulações abusivas que venham a decorrer, pelo simples facto de que se não formos NÓS, se estivermos à espera das autoridades reguladoras, bem poderemos esperar sentados.
Pelo sim pelo não, aqui ficam Links e Contactos:
- ANACOM
ICP – Autoridade Nacional de Comunicações, Av. José Malhoa – Nº 12 - 1090-017 Lisboa
Fax: 217 211 009
- DECO
Serviço de informação – 808 200 145 (linha azul) ou 21 841 08 58
- CIAC – Centro de Informação Autárquico ao Consumidor de Tomar
C.M. de Tomar – Pç. da República – 2 300 TOMAR
Tel: 249 329 800 – Fax: 249 329 807
- Direcção-Geral do ConsumidorPraça Duque de Saldanha, 31- 1º, 2º, 3º e 5º andares – 1069-013 LisboaTel: 21 356 46 00
-
In Jornal Cidade de Tomar - Edição N.º 3801 de 08-04-11
POR: Joaquim Francisco 08-04-02

Eu Mesmo


...Topo

GOLFE EM TOMAR E OS PEGÕES POR RESTAURAR

As ofertas turísticas em Tomar vão ficar mais ricas com a instalação de um Campo de Golfe (paredes meias com o Aqueduto dos Pegões) e diga-se com frontalidade e realismo que bem falta faz uma estrutura com estas características, cá na nossa Santa Terrinha. Espero no entanto que o Executivo Camarário peça contrapartidas e crie ele próprio contrapartidas para a nossa Cidade. Passo a explicar a minha ideia: Lá por se apregoar aos setes “montes” um empreendimento turístico de grande importância (não vai ser a Galinha dos Ovos D’Ouro), não pense a Edilidade Camarária que deve agora receber palmadinhas nas costas e bolos com velas para cantarmos os parabéns. Muito pelo contrário, tem agora uma responsabilidade e obrigação acrescidas, de munir finalmente a Cidade de Tomar com o seu Parque de Campismo (muitos que lá irão pernoitar, podem ser jogadores de golfe). Está prometido vai para 5 anos (lembram-se do ano de 2003, data do encerramento do Parque de Campismo Municipal). Muito se escreveu desde então mas até agora nada (Leia-se por exemplo o meu artigo “Tomar e as Ofertas Turísticas” publicado no Jornal Cidade de Tomar – Edição 3767 de 17-08-2007). Outra contrapartida não menos importante seria o restauro do Aqueduto dos Pegões. Quem se interessa minimamente por construções de grande beleza arquitectónica, repara no vergonhoso esquecimento a que aquele Aqueduto foi votado, o Aqueduto e o seu respectivo Túnel, ambos destinados ao abandono e a necessitar urgentemente de recuperação. Penso que não faz sentido e até era grotesco ter uma infra-estrutura turística ladeada de ruínas (que rico Cartão de Visita dava uma fotografia oportunista, a documentar a coisa). Lanço pois o repto aos Responsáveis Camarários e porque não à Empresa que irá explorar o Campo de Golfe, a pensarem seriamente nestas duas situações (é o mínimo que se pode pedir, digo eu). Para concluir, um bocado de humor: “Quer um “Golfe” em Tomar, oferecemos até 2.500,00 € pelo seu velho terreno – Programa de trocas de terrenos em fim de vida”.
- In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3800 de 2008-04-04
Por: Joaquim Francisco - Tomar, 2008-03-20

Portugal. Aonde vais parar, por este andar.

Todos os dias se houve falar ou comentar sobre a crise, pobreza, desemprego, corrupção, esquemas, crimes violentos, justiça e injustiça. Pergunto: O que se está a fazer para contrariar tais situações?... Por este País fora, aumenta e multiplica-se cada vez mais o descontentamento, mas, para fazer jus aos nossos brandos costumes (somos bons nisso), porque parece mal falar demais, porque soa a demagogia ou porque quem tem a palavra são só alguns (mas esquecem-se dos outros), pouco ou nada se faz. As situações e casos bombásticos vão-se anulando, uns aos outros, pela sua mediatização e nós pobres mortais, vamos deixando passar. Os resultados práticos, a punição dos culpados, o responsabilizar pelos maus actos praticados, o pedir desculpa pelos erros cometidos e, acima de tudo, proteger os mais desfavorecidos das agruras da vida e das injustiças sociais, políticas e económicas, ficam na gaveta da impunidade, retórica gratuita e filosófica, tão característica de quem sabe empregar bem a oratória manipuladora e contornar os meandros de uma jurisprudência obscura e ambígua, ardilosa e feita a pensar na "máquina".A máquina que não se vê mas sente-se, não trabalha mas manipula, a favor sempre do interesseiro. A situação caótica a que se chegou é de tal ordem preocupante e sem retorno que (não querendo ser céptico ou ser acusado de agoirento) o futuro não se apresenta brilhante ou com melhorias. Antes pelo contrário, cada vez pior. Porquê?... Porque os interesses instalados, os lóbis, as corporações, os indivíduos poderosos e que se sabem movimentar dentro do sistema, e porque não apontar o dedo também ao Estado que não está isento de responsabilidade (veja-se a dissemelhança entre ricos e pobres, o fosso que existe ao nível salarial por exemplo), têm a sua vivência diária, entranhada de atitudes que moral e socialmente são condenáveis mas cuja habituação, as tornou normais e praticáveis. É caso para utilizar a expressão: "Não mudes não, vais ver aonde vais parar". Uma reflexão apurada e isenta de secundaríssimas intenções, poderia, muito remotamente, endireitar todo este imbróglio, em que todos nós estamos metidos. Não acredito no entanto que alguém seja "puro" o suficiente para o fazer. Por tudo isto, repito, não tenho esperança de que melhores dias virão. Pensem nisto e nisso…
-
In Jornal Cidade de Tomar 2008-03-28
Por: Joaquim Francisco - Tomar 2008-03-12