Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal
Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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Igreja de S. João Serve de Baliza à População

Bola mole em pedra dura, tanto bate, até que fura, é a frase que descreve bem o que se está a passar na porta e arco lateral da nossa Igreja de S. João, na Praça da República.
Passo a explicar: - A Associação Sapiens de Tomar e Tomarenses frequentadores do espaço, que é a Praça da República, chamam a atenção para o ATENTADO AO PATRIMÓNIO que está a ser perpetrado à Porta da Igreja de S. João Baptista e respectiva Arcada de Pedra circundante.
Esta agressão, camuflada por “simples e inocentes” jogos de futebol, revela-se preocupante, em virtude da principal interveniente, a BOLA, embater inúmeras e repetidas vezes contra a porta e a pedra.
Portas de madeira há muitas e recuperáveis (digo eu) mas a PEDRA da Igreja, histórica, centenária e arquitectónica, bem podia ser poupada e estar livre de choques, batidas e pancadas danificadoras. Bem basta a corrosão provocada pela dejecção pombalina (vulgo cocó).
As entidades policiais, camarárias, paroquiais e culturais nunca foram alertadas para a situação??... Pois chegou a hora de fazerem alguma coisa. O alerta está dado.
As inocentes brincadeiras (jogos de bola) das inocentes crianças, no largo fronteiro à Igreja de S. João, até podem ocorrer e verificar-se mas, não usar como baliza a Porta e respectivo umbral de Pedra.
Aproveito para alertar, também, os progenitores “não inocentes” (se presentes, nada têm dito ou fazem, se ausentes, pior ainda) que deixem-nos brincar e jogar à bola mas, com limites e sem prejudicar o Património Arquitectónico que existe na Praça.
Espero que todos juntos, possamos contribuir para a não degradação dos espaços lúdicos e culturais da nossa Cidade e que a Comunidade e Associações, continuem a alertar para situações nefastas e prejudiciais.
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In Jornal Cidade de Tomar N.º 3809 de 2008-06-06
Por: Joaquim Francisco e Sapiens-Associação de Protecção e Divulgação do Património Cultural - Tomar 2008-05-26

Paga e Paga e Companhia Lda.

A Lei é bem clara, proíbe fumar dentro dos transportes e a multa para os fumadores que violem a proibição vai de 50 a 750 €. Assim, o nosso 1.º Ministro José e Ministro da Economia Manuel, VÃO TER DE PAGAR, ou não?...
Esta ideia de “PAGAR” vem muito a propósito pois a situação do Povo Português, em relação a pagamentos, deixa muito a desejar, tal é a situação catastrófica em que se encontra.
Endividado como está, até à ponta dos cabelos, muito por culpa das Instituições Bancárias que seduzem os seus clientes com o “Belo do Cartão Gold, com crédito de X mil euros e pague só ao fim de 28 dias”, em conjunto com as empresas “Crédi-paga-o-que-deves” que "são mais que as mães" e especialistas em aliciar, através dos órgãos de informação, muito dinheiro em suaves pagamentos, já não sabe para onde se virar.
Mas, o pior é que ele (o pilim), não estica. Muitas famílias vêm-se envolvidas em situações dramáticas, de difícil resolução e com o sistema de bola de neve a esmagar qualquer tentativa de sair do problema, que consiste em falta de liquidez para pagar as contas.
A pensar nisso, as Instituições prestadoras de cuidados médicos (veja-se a carta recebida por um utente), já começaram a trabalhar o texto das suas missivas, no sentido de despertar para a realidade, a carteira dos seus doentes, inspirados em (só pode) provérbios populares (exemplos: Quem avisa teu amigo é ou Homem prevenido vale por dois ou Dá o que podes e a mais não serás obrigado ou Paga e não bufas, etc.).
Dando seguimento a este digno e nobre exemplo, vamos todos exigir que se comece a implementar "pré-pagamento" em tudo, mas mesmo tudo, até nestes casos:
– Primeiro pagas, depois eu trabalho em conformidade.
– Primeiro dás-me o reembolso, depois eu desconto o IRS de acordo com o respectivo valor.
Estamos no bom caminho. É que ao menos assim não há chatices, dívidas e a costumeira dor de cabeça dos portugueses: – Falta de Dinheiro.
E, já agora, escusam de ir para uma consulta médica se não tiverem dinheiro.
Não há fiado para ninguém. Bem, alguns continuam a não pagar. Pagamos nós por eles???...(Digo eu)
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In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3808 de 30-05-2008
Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-05-18

Revisão do Código Laboral. Quem vai ficar Mal?

A discussão está na mesa. O Governo e os Parceiros Sociais encetaram reuniões para debater as alterações ao Código do Trabalho (C. T.). As principais mudanças e que nutrem mais polémica, firmam-se na: Maior flexibilidade de horário de trabalho nas empresas (criação de Banco de Horas). Facilitação dos despedimentos (possibilidade de despedir um trabalhador por inadaptação). Luta contra os falsos Recibos Verdes (o empregador que exagerar na utilização deste sistema de contratação, vai ver a taxa da Contribuição Social, agravada).
Presentemente é possível utilizar a flexibilidade de horários, ainda assim, esta estratégia não é muito utilizada. A grande aposta, é com este C. T., implementar e regular, entre outras medidas, o Banco de Horas (beneficia uma empresa que necessite, por contingência de serviço, alargar pontualmente o horário de trabalho. Em consonância com o trabalhador e ou, mediante pré-aviso, amplia o horário normal de trabalho, compensando as horas feitas a mais, a posteriori). Na minha opinião, esta reforma poderá originar conflitos de interesses, ao nível do não pagamento de Horas Extraordinárias e do abuso sistemático do não preenchimento de postos de trabalho, pois as empresas poderão “tapar” ininterruptamente a falta de pessoal, utilizando os seus trabalhadores (ver Figura).
Quanto ao tema da simplificação nos despedimentos, preocupa-me particularmente o surgimento da palavra inadaptação (desajustamento). O conceito é de tal modo relativo e reveste-se de tamanha ambiguidade que somos obrigados a arrastar a discussão para o nível filosófico, económico e social. A subjectividade da ideia, pode apadrinhar despedimentos “sem justa causa”, camuflados com a “falta de jeito” do empregado quando afinal, a real situação, será a “má vontade” demonstrada, por parte do empregador.
No que concerne aos Recibos Verdes, a proposta de alteração, vai no sentido de agravar a Prestação Social da Entidade Empregadora, como forma de penalizar a sua rotineira utilização deste tipo de contrato laboral. A fronteira entre falso e o real Recibo Verde, também não está muito bem definida, prevendo-se que vai assim, por esse motivo, pagar o justo pelo pecador. Para “compor o ramalhete”, temos o próprio Estado a ser o maior empregador, com este modelo de “contrato”. Como vai o Governo “descalçar esta bota”?...
Utilizando uma das minhas frases favoritas: “O tempo o dirá”. Considero no entanto que, à imagem e semelhança do que agora sucede, os atropelos e as injustiças persistirão. Não se irá “salvar o ano repleto de prazer intelectual” (como disse alguém ligado ao estudo deste processo de C. T. e do Livro Branco) e o País não se desenvolverá à conta das referidas alterações e revisões. Continuaremos a ter falta de uma coisa, que o Estado teima em negligenciar: FISCALIZAÇÃO. Por enquanto, vamos ter de esperar, para ver.
In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3807 - 23-05-2008
Por: Joaquim Francisco - Tomar 2008-05-10

Biocombustíveis e Especulação Abusiva = Crise

A capacidade inventiva e destrutiva do Ser Humano está a provocar desequilíbrios naturais e económicos (estragos) na Mãe Natureza. Depois de explorada, espoliada e vandalizada até à exaustão, vira-se agora o Homem para os recursos agrícolas, na mira de que a sua produção em massa, ajude a reduzir a utilização dos recursos minerais. Vamos deixar de consumir recursos naturais extraídos do interior da Terra e passamos a utilizar os recursos naturais do exterior da Terra (substituímos os combustíveis fósseis como o petróleo e gás, por Álcool da cana de açúcar e Biodisel dos óleos vegetais). É com esta troca de produtos e matérias-primas que começa o problema e a especulação (a outra face perversa e funesta da moeda). O aumento da procura dos óleos vegetais está a originar uma escalada de preços dos cereais (o milho subiu de preço 130%), provocando em simultâneo, a falta dos mesmos no mercado alimentar – terrenos que eram cultivados tradicionalmente com milho, trigo ou cevada, estão agora a ser utilizados para o cultivo de colza, por exemplo. Como se isso não bastasse, o aumento do preço do petróleo é uma realidade que agrava a crise já instaurada.

Não existindo aparentemente ninguém a regular esta situação, era fundamental e urgente uma intervenção decisiva e implacável por parte dos Governos. Se as organizações políticas e comunidades económicas estatais, se organizam para criar barreiras alfandegárias, proteccionismo nos preços, quotas de mercado e leis comerciais específicas, não se entende o porquê de não conseguirem (ou não quererem) se organizar e criar medidas para travar estas actuais especulações mercantilistas. Será porque os intermediários por via das vendas inflacionadas e os Estados por via dos impostos, são finalmente quem mais ganha, com esta degradante situação (pactuando entre si). Esta CRISE, vai provocar um aumento que pode ir até aos 39% no preço dos alimentos e por conta desta situação anómala, quem sai prejudicado é sempre o mesmo: O Consumidor, o Povo (um bem que custe hoje 20,00 €, poderá vir a custar até ao final do ano 28,00 €. Se somarmos todos os gastos de um agregado familiar, temos um aumento de mais 195,00 € por Mês, nas despesas desse agregado). Como todos sabem, e para ajudar os portugueses, a nossa economia é e está muito frágil, com a crise implantada nos mercados internacionais, ainda mais débil vai ficar (Portugal importa 90% dos cereais que consome). Cuidem-se os Portugueses pois esta é a realidade, a nossa realidade. Melhores dias não se prevêem, bem pelo contrário, uma profunda carestia avizinha-se e as consequências serão imprevisíveis (fome no mundo). Preparem-se portanto, para o pior.

Por: Joaquim Francisco Tomar 2008-05-01