Esta ideia de “PAGAR” vem muito a propósito pois a situação do Povo Português, em relação a pagamentos, deixa muito a desejar, tal é a situação catastrófica em que se encontra.
Endividado como está, até à ponta dos cabelos, muito por culpa das Instituições Bancárias que seduzem os seus clientes com o “Belo do Cartão Gold, com crédito de X mil euros e pague só ao fim de 28 dias”, em conjunto com as empresas “Crédi-paga-o-que-deves” que "são mais que as mães" e especialistas em aliciar, através dos órgãos de informação, muito dinheiro em suaves pagamentos, já não sabe para onde se virar.
Endividado como está, até à ponta dos cabelos, muito por culpa das Instituições Bancárias que seduzem os seus clientes com o “Belo do Cartão Gold, com crédito de X mil euros e pague só ao fim de 28 dias”, em conjunto com as empresas “Crédi-paga-o-que-deves” que "são mais que as mães" e especialistas em aliciar, através dos órgãos de informação, muito dinheiro em suaves pagamentos, já não sabe para onde se virar.
Mas, o pior é que ele (o pilim), não estica. Muitas famílias vêm-se envolvidas em situações dramáticas, de difícil resolução e com o sistema de bola de neve a esmagar qualquer tentativa de sair do problema, que consiste em falta de liquidez para pagar as contas.
A pensar nisso, as Instituições prestadoras de cuidados médicos (veja-se a carta recebida por um utente), já começaram a trabalhar o texto das suas missivas, no sentido de despertar para a realidade, a carteira dos seus doentes, inspirados em (só pode) provérbios populares (exemplos: Quem avisa teu amigo é ou Homem prevenido vale por dois ou Dá o que podes e a mais não serás obrigado ou Paga e não bufas, etc.).
Dando seguimento a este digno e nobre exemplo, vamos todos exigir que se comece a implementar "pré-pagamento" em tudo, mas mesmo tudo, até nestes casos:
– Primeiro pagas, depois eu trabalho em conformidade.
– Primeiro dás-me o reembolso, depois eu desconto o IRS de acordo com o respectivo valor.
Estamos no bom caminho. É que ao menos assim não há chatices, dívidas e a costumeira dor de cabeça dos portugueses: – Falta de Dinheiro.
E, já agora, escusam de ir para uma consulta médica se não tiverem dinheiro.
Não há fiado para ninguém. Bem, alguns continuam a não pagar. Pagamos nós por eles???...(Digo eu)
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In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3808 de 30-05-2008
Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-05-18