Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal
Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

ÍNDICE - CONTENTS - INHALT - Περιεχόμενα

FOTO DA SEMANA


1.ª Pergunta: Esta Munícipe, paga imposto de utilização de suporte de estendal (Semáforo)???

2.ª Pergunta: A Câmara Municipal de Tomar não tem poderes para criar tal imposto???

3.ª Pergunta: O construtor do prédio não acautelou um espaço para a secagem de roupa no Andar, já a prever a utilização de "poste" alheio???

4.ª Pergunta: Com tanto trânsito a circular a roupa fica realmente limpa???

5.ª Pergunta: Já alguém surripiou algumas cuecas da Sra. como fetiche???

Foto: Joaquim Francisco - 2009-02-10

Nota: Dia 22-03-2009 já não existia estendal no Semáforo. Será que o mesmo ficou livre do Cordel?

Nem só de crise vive o Homem.

As medidas de combate à crise que estão a ser tomadas pelo Governo (Foto 1) e as que vão ser executadas pela Edilidade Tomarense (Foto 2), parecem-me ser de grande importância e as possíveis, neste contexto económico e financeiro geral e das instituições intervenientes em particular.
Quando escrevo possíveis, refiro-me concretamente à saúde financeira que tais medidas provocam, não aos beneficiários, pois para estes, se mais existissem melhor, mas aos promotores das mesmas ou seja, Governo e Autarquias. Temo que venham a provocar um super-endividamento destas entidades (ainda mais), tudo em nome do auxílio necessário e urgente. Realmente, esta dualidade da realidade social, por um lado, o combate à pobreza e dificuldade, por outro, ter as instituições políticas saudáveis financeiramente, está ou vai ser muito difícil de gerir. O certo e sabido é que as futuras gerações, vão pagar esta descomunal factura, agora intitulada de crise. Entendo no entanto que, nem só de crise vive o Homem. Não é por existir uma grande carência económica que se deve descurar o bem-estar social e lúdico das populações. O espaço físico que compõe uma Cidade influência a sua população, no bem e no mal. Se os Tomarenses não se sentirem bem no seu espaço que é a Cidade de Tomar, dificilmente permanecerão nele, procurando assim, outros mais aprazíveis, originando em paralelo a “fuga” de uma, chamar-lhe-ia economia comercial. Repare-se a título de exemplo, a área envolvente da nossa nova Ponte do Flecheiro. Tem tanto de “Belo” como de “Monstro”. A harmonia que deveria imperar neste espaço é destroçada por uma paisagem de barracas que, há anos ali não deveriam estar e a utilização exagerada de cimento desde a Ponte até à Casa do Cubos. Este espaço merecia nitidamente mais verde (relva e árvores). Para tornar ainda mais agradável este lugar, deparamo-nos com repugnantes e altaneiros degraus e desagradáveis “remendos” (Foto 3) que nem vou comentar pois a mesma fala por si.
Estas coisas não dignificam os responsáveis pelo projecto mas, principalmente, não dignifica a qualidade de vida da População Tomarense. Merecem mais do que isto. Esta crise económica, foi originada por homens que puseram os seus interesses muito acima dos interesses das Populações. Lamento que tenhamos de viver com estas realidades. Lembro que o dinheiro é importante mas, a qualidade do nosso espaço envolvente, não o é menos.

(A Construção como pano de fundo)
Foto 1 – Outdoor do PS situado na Praceta Alves Redol em Tomar – Foto: Joaquim Francisco.
Foto 2 – Medidas Camarárias – Foto: Jornal Cidade Tomar aquando da visita às obras da Ponte do Flecheiro – Fotomontagem: Joaquim Francisco.

Foto 3 – Sem comentários – Foto: Joaquim Francisco.

Por: Joaquim Francisco - Tomar 2009-02-25
In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3849 de 09-03-13

FOTO DA SEMANA

A Placa de Sinalização escondida por um poste de iluminação informa que para a direita fica o Lugar de Queimadas. Na estrada Nacional, mais concretamente no lugar da Venda Nova, vendem-se Veículos de Bombeiros.
Pergunta: Com tanto Veículo de Bombeiros como é possível existirem Queimadas.
Foto: Joaquim Francisco - Tomar - 2009-02-10

O DEM ou CHIP nas Matrículas

Quando o Governo legislou no sentido de serem colocadas nos veículos automóveis, “placas de protecção” nas rodas de trás, vulgo palas, tendo em vista proteger dos salpicos de lama projectados, os pára-brisas dos outros veículos que circulavam na retaguarda, a ideia foi realmente, diga-se, uma genialidade política. Este artefacto (pala), apesar de já não constar na lista de prioridades governativas, deu um enorme contributo à economia portuguesa, da altura claro, fazendo mexer o mercado a vários níveis: Indústria do plástico, comércio de artigos auto e peças, mecânicos, donos de viaturas (pagador), o Estado (receptor dos impostos provenientes das compras e vendas) e o Estado (receptor do dinheiro proveniente das multas). Muita lama deixou de enlamear a cara de muitos. Quando o Governo legislou no sentido de serem colocados reflectores nas rodas dos veículos de duas rodas, nomeadamente bicicletas, motorizadas e motas, a ideia foi novamente, diga-se, mais uma genialidade política. Todos os raios começaram a ter os ditos, que só eram vistos de “ladecos” mas, este artefacto (reflector) apesar de já não constar na lista de prioridades governativas, deu um enorme contributo à economia portuguesa, da altura claro, fazendo mexer o mercado a vários níveis: Indústria do plástico, comércio de artigos auto e peças, mecânicos, donos de viaturas (pagador), o Estado (receptor dos impostos provenientes das compras e vendas) e o Estado (receptor do dinheiro proveniente das multas). Repetitivo mas eficaz, digo eu.


Agora, com a era da informática a dominar, vem o Governo, novamente, implementar/impor, outra grande medida automobilística. Uma medida que vai desenvolver a economia de alguns, nomeadamente uma fábrica de componentes electrónicos Made in Taiwan ou Made in China, um hipotético revendedor/importador/armazenista, mecânicos especialistas em electrónica e o nosso velho amigo Estado, nós claro, aguentamos, pagamos e não refilamos. O produto em causa, o DEM – Dispositivo Electrónico de Matrícula, mais conhecido por CHIP, custará aproximadamente 10 € e consta que nos primeiros 6 meses irá ser gratuito (sobre a instalação do mesmo não se sabe nada mas desconfio que aguentamos, pagamos e não refilamos). O dispositivo, de uso obrigatório vai ter todas as informações sobre o seguro automóvel, a inspecção periódica e até servirá para pagar as portagens. Portugal será o primeiro a ter esta tecnologia no mundo. Futuramente, irá ter DVD, MP4, GPS e detector de Radares Policiais, ou não. São tantas as vantagens que lhe prevejo o mesmo destino das palas e dos reflectores. Já agora, espero que a próxima medida seja o Imposto de Circulação Pedestre. Podem colocar-nos um CHIP para o auto-pagarmos no… bem, fiquemos assim.

Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2009-02-16

Desenho: A ChapaChiPS

Autor: Joaquim Francisco - 2009-02-16

In Jornal Cidade de Tomar - Edição 3846 de 2009-02-20