Devem já os meus caros conterrâneos, ter reparado como a Cidade de Tomar está a ficar bem apetrechada com passadeiras para peões, calcetadas. A fotografia mostra uma parte da Avenida Ângela Tamagnini, ainda por calcetar, mas é de propósito. As Ruas Manuel de Matos, Ângela Tamagnini e Norton de Matos e a envolvente da Praceta Raul Lopes, foram intervencionadas ao nível da pavimentação (não interessa o porquê das obras. O que é facto é que todas levaram alcatrão novo, certo?), cada uma levou em média 4 (quatro) passadeiras. Quatro ruas vezes quatro passadeiras são 16 passadeiras. A minha mente, não sei se danada para a observância, ou não, começou a cogitar. As contas matemáticas fluíram com lucidez, documentei-me quanto a números e acabei por chegar a conclusões. Vamos então aos factos: A área de alcatrão a retirar para a colocação da passadeira deve ser de mais ou menos 25m2. Donde que 25m2 × 16 passadeiras = 400m2 de alcatrão a retirar. Seguiram o raciocínio… Se a matemática não falha, a conta está certa e estou a trabalhar com valores baixos. Sendo o preço do metro quadrado de alcatrão, digamos, 13,00 € - temos alcatrão retirado no valor de 5.200,00 €. Pondo mais 2500,00 € para a brita e saibro que estavam debaixo do dito cujo, temos a simples operação de retirar alcatrão, cascalho e brita, custar ao erário público 7.700,00 € (só em quatro locais da Cidade e a preços, por baixo). Conclusão: É evidente que as máquinas de alcatroamento, não podem parar no sítio em que vai nascer uma passadeira e continuar mais á frente. Ao nível da engenharia é complicado (digo eu). Mas que revolta ver 7.700,00 € deitados para um aterro, revolta. Ou será que esse material foi reciclado?... Se foi, fico-me pela matemática. Se não foi e até prova em contrário, em cada passadeira (área marcada na fotografia), 481,25 € é lixo. Pode não parecer muito dinheiro, mas que é uma pipa de massa é…
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In Jornal Cidade de Tomar - Edição N.º 3781, de 2007-11-23 por: Joaquim Francisco - 2007-11-13