Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

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Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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Afinal, sempre existe a “Geração Rasca”?...

Em 1994, Vicente Jorge Silva escrevia sobre a “Geração Rasca”, no Jornal o Público. Referia-se concretamente, aos jovens universitários que manifestavam a sua discordância pelas políticas educativas, principalmente sobre o aumento das propinas universitárias. Só por curiosidade, este senhor, foi deputado pelo Partido Socialista eleito pelo circulo eleitoral de Lisboa quando (não se riam), Manuela Ferreira Leite era Ministra da Educação. Passados 15 anos, os jovens agora com 12, 13 a 15, 16 anos de idade, estão condenados a ser apelidados novamente com o mesmo nome só que, actualmente, por motivos mais sócio/familiares e políticos.
Senão vejamos: Os nossos jovens, em cada duas palavras que dizem, uma é asneira. Não respeitam, nem acatam a opinião dos mais velhos. Desconhecem o significado da palavra “obrigado” como tal, não a utilizam... Não têm no léxico a expressão “por favor…”. Porque são porcos, não sabem o que é um caixote do lixo. São fúteis, baldas e… Em cada dois alunos, um é um zero a Matemática. Em cada dois alunos, um é um zero a Português. Vou parar por aqui.

Verdade seja dita que a responsabilidade desta situação, ter chegado aonde chegou, muito se deve à atitude dos seus papás (a geração anterior?... digo eu…). Estes, pensam que educar, é dar tudo o que é fixe, moderno e tecnologicamente avançado: Boa roupa de marca, dinheiro no bolso para comer “fora” e telemóvel topo de gama. Tudo para os meninos ficarem bem na fotografia do “grupo”. Não se pode deixar de responsabilizar (também) os sucessivos Governos que em prol da modernidade e evolução civilizacional, legislaram sempre políticas falhadas e arruinadoras do real interesse da juventude estudantil. Esta época do “facilitismo educacional” que se vive na Escola Pública, veio ajudar a agravar a situação. A crise económica/financeira é, assim, mais uma a assolar esta sociedade chamada de, portuguesa. Uma sociedade pobre. Pobre em cultura, em valores, em dinheiro e em jovens com um J grande. Não adianta vender PC’s baratos, aumentar a idade da escolaridade obrigatória ou incentivar a cultura das “Novas Oportunidades”. Somente com boas políticas de ensino, bem estruturadas e com mais apoio da família (é obrigatório a mesma ser responsabilizada) se consegue fazer algo de positivo. Portugal vai ter agora um Ciclo Eleitoral e, todos os Partidos vão ter uma oportunidade soberana para desenvolverem e aplicarem um programa que recaia sobre esta matéria tão sensível. Não fazer nada, vai hipotecar ainda mais o futuro das novas gerações, temendo eu que, mais rascas vão ser.

In Jornal Cidade de Tomar - Edição N.º 3858 - 2009-05-15

Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2009-04-03