Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

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Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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Do Crédito à Poupança, passando pela calamidade.

No dia 2 de Novembro de 2010, mais um Dia Mundial da Poupança passou pelos “bolsos” dos portugueses. É pena que nem todos conseguiram, com alegria, comemorar esta emblemática efeméride. Esta ocasião deveria ser acompanhada de uma profunda reflexão não só por toda a sociedade em geral mas também pela classe política em particular.
Tenho escrito constantemente acerca do descalabro e endividamento económico de Portugal e consequentemente dos Portugueses e da necessidade de se regular o “ataque” desenfreado que os agentes económicos (mais conhecidos por bancos) fazem ao Povo Português através de aliciamento compulsivo ao crédito, prometendo mundos e fundos a toda a hora. Quem não se lembra ainda das dezenas de anúncios sobre crédito e mais crédito em cima de crédito. E as dezenas de propostas para cartões de crédito desde o clássico, ao gold e ao platina e etc. Pois é, o crédito, acredito que nos levou a todos a este estado calamitoso e tenebroso das finanças públicas e da descapitalização bancária e no fim, da sociedade. Foi tanto o dinheiro que se pediu ao estrangeiro que o desastre contabilístico veio para ficar e fazer estragos aos orçamentos internos: Crédito racionado, problemas de liquidez, reformulações contratuais, crédito mal parado e famílias endividadas. Para compor a coisa, já se escutam entidades bancárias na comunicação social a ensinar como devem as famílias poupar em casa: Levar farnel para o escritório, a marmita para o emprego e a bela da maçãzinha para comer a meio da manhã. Poupar, é agora a palavra da moda. Pergunto: Porquê só agora?... Porque é que ninguém fez nada para evitar esta situação?... Não sei responder. Sei no entanto que, esta conjuntura veio para ficar e preparem-se para que ainda seja pior no futuro. Não se vai conseguir controlar as contas públicas com medidas avulsas. Lembrem-se que conforme se paga uma fatia do bolo, outro já se está a cozinhar e assim sucessivamente. Bom, espero estar enganado para bem de todos nós.
Por: Joaquim Francisco - Tomar - 2010-11-02