Tomar - Ponte Velha - Rio Nabão - Portugal

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Fotografia: Joaquim Francisco - Tomar - 2008-02-25

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Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

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As Universidades, as Bolsas, a Borga e as Finanças.

O velho ditado popular: “Paga o justo pelo pecador", vem mesmo a calhar, em parte, para documentar o que se está a passar presentemente em Portugal ao nível das finanças públicas. Muitas famílias vão agora pagar com o “couro e o cabelo” os estúpidos devaneios atentados por Políticos que se limitaram a olhar para o umbigo em detrimento do povo que se encontra ao seu redor. Este laxismo teve a particularidade de ajudar a esbanjar de recursos e a perversidade de, paralelamente, criar um conjunto de “vícios” que acompanham a vida do dia a dia político, contagiando outros agentes oficiais que se “ocultam” gerando a falta de fiscalização (Finanças e Policia por exemplo). Depois deste exercício de retórica, gostaria de escrever sobre duas situações/exemplos (escolhi estas pois todos os dias assistimos impávidos e serenos mas, não mexemos uma palha para alterar a situação) que estão a tomar proporções demasiado elevadas para deixar passar em branco.
No dia 17 de Novembro de 2010, Estudantes Universitários (principalmente Universidade de Coimbra) deslocaram-se a Lisboa para protestar contra o corte das verbas da acção social e o aumento das propinas. Os 20 Mil Alunos na Universidade de Coimbra, ou melhor os 100 Mil alunos universitários em Portugal estão muito preocupados pois os 200 Euros que gastam com o quarto, água, luz e água (por exemplo) é muito dinheiro e não recebem um auxilio por parte do Estado que se coadune com estes montantes. 1.ª Situação – Nunca se ouviu ou ouve os Estudantes a protestar contra a vergonhosa e continuada prática de arrendar quartos aonde não se passa recibo. Se a Matemática não me engana, um quarto cujo valor do aluguer seja de 150 Euros pagaria +/- 30 Euros de IVA. Se multiplicarmos esse valor por 50 mil alunos (só este número de quartos alugados) dá um valor para o Estado de 1 Milhão e 500 Mil euros de IVA. Se multiplicarmos por 12 meses, dá o singelo valor de 18 Milhões de Euros por Ano. Falham como escrevi as entidades fiscalizadoras sendo coniventes os milhares de Estudantes e já agora, as suas famílias. 2.ª Situação – A preocupante escalada de noitadas, bebedeiras, borga e vadiagem que reina nas nossas Faculdades e Politécnicos. Muito dinheiro tem no bolso esta geração estudantil. Muito dinheiro têm de ter os papás para poderem sustentar a malta e seus vícios. (reconheço que felizmente não é a maioria, mas são muitos a prevaricar). Não admira pois que o Estado tenha argumentos para agir em conformidade, ou seja, baixa os subsídios e aumenta as propinas. Cá está o porquê de eu ter escrito “Paga o justo pelo pecador”. Estes exemplos (entre muitos) são bem representativos da realidade e pequenez do Portugal que se queria justo, digno e honesto. Mas não, teremos sempre a fuga à responsabilidade e a falta de “vigilância” a todos os níveis, a ajudar diariamente à ocorrência destas situações. Assim não vamos longe, digo eu.